sexta-feira, 6 de maio de 2011

Romanos – Continuação

Para entendermos melhor a mensagem de romanos, esquematizaremos abaixo um esboço das mensagens principais contidas nos capítulos desta carta.

Cap 1-2: Todos somos pecadores
Cap 3-7: Justificação
Cap 8: Conclusão (uma síntese e conclusão das ideias abordadas anteriormente)
Cap 9-11: A questão de Israel (O porquê de sua rejeição ao Messias)
Cap 12-16: Santificação


Capitulo 5

Ainda tratando sobre a questão da justificação, Paulo começa este capítulo abordando sobre a questão da paz, que nos vem como consequência da justificação pela fé. Sendo assim, estamos completamente em paz com Deus, pois nossas transgressões foram apagadas e nossos pecados perdoados. Devemos nos vigiar constantemente quanto ao sentimento de culpa, pois de certo não procede de Deus, visto que estamos em paz com Ele.
No v.3, ele nos fala sobre a importância de nos gloriarmos nas tribulações, ou seja, nos momentos difíceis, pois nos leva a perseverança, caráter aprovado e esperança. Paulo nos diz com muita autoridade a respeito das tribulações, pois o próprio desde o início de seu ministério passou por muitas, desde perseguições, cegueira física, prisão e tortura.

No v.8, ele nos mostra como Deus demonstrou seu amor, pois Cristo morreu por nos quando ainda éramos pecadores, ou seja, não éramos merecedores mesmo de sua morte, mas como fora citado anteriormente, a justificação não depende absolutamente de nenhuma condição nossa, mas somente da graça Divina.
Através do pecado de um homem (Adão), a morte entrou na terra, e todos os homens foram condenados, mas através da morte de um único homem (Jesus), todos tiveram direito a vida.
Justificação: Esta é uma palavra que Paulo muito enfatiza em seus textos. Para e para entendermos melhor a mensagem de romanos é necessário que entendamos bem o seu significado. Ela faz parte dos 10 vocábulos contidos na bíblia que constituem o plano de salvação.

Eleitos – Predestinados – Chamados – Remidos – Redimidos – Justificados – Regenerados – Santificados – Aptos – Glorificados 

A justificação só ocorre, indiscutivelmente, quando se crê em Jesus. A partir de então, toda a sua culpa pelos pecados cometidos e toda condenação, passa a não valer mais, pois elas foram justificadas, através de sua fé em Cristo, por sua morte. Deus, como justo juiz, anulou nossa culpa, sendo assim a condenação não prevalece mais sobre nossas vidas. 

Segue abaixo um texto extraído em http://solascriptura-tt.org sobre o que é e o que não é Justificação:

o ato (instantâneo, completo e definitivo) JUDICIAL de Deus ao declarar que o pecador (que se arrependeu e creu em Cristo, e à conta da penalidade sobre Este como seu substituto): 1) não mais será punido; 2) será considerado como sendo JUSTO; e 3) está  restaurado ao Seu favor.

Estão envolvidos na justificação:

a) Remissão (perdão) dos pecados (reler, detalhadamente, "Remissão dos pecados");

b) Restauração ao favor de Deus .

- O pecado não apenas trouxe o merecimento de penalidade como também afastou o favor de Deus (Joã 3:36; Rom 1:18; ler depois: Rom 5:9; Gál 2:16-17);

- Justificação não é mera absolvição, ou indulto, ou liberdade condicional, pois o justificado passa a ser considerado:
. Amigo de Deus 2Cro 20:7; Tia 2:23;
. Herdeiro de Deus e CO-herdeiro com Cristo Rom 8:16-17; ler depois: Gál 3:26; Heb 2:11.

3) Imputação de justiça (reler, detalhadamente, "Imputação da justiça de Cristo").

Justificação não é:
o acusado ser:
   (1) absolvido merecidamente (ter sua inocência reconhecida), por realmente não ter nenhum pecado, por ser perfeito na qualidade de ser bom.
   (2) absolvido imerecidamente (declarado como inocente, sem o ser) devido à esperteza de advogado e fraqueza do juiz Rom 3:19.
   (3) perdoado, anistiado, receber indulto e uma 2a. chance, por juiz que não é perfeita justiça.
   (4) libertado sob palavra, tornar-se livre com certas restrições.
 

domingo, 17 de abril de 2011

Continuação de Romanos

Bom, primeiramente gostaria de me desculpar por ficar tanto tempo sem postar, passei por um período apertado e até faltei no último estudo. Mas também gostaria de aproveitar a oportunidade e convidar a quem se interessar em colaborar com o blog, para nos ajudar, para que possamos mantê-lo sempre atualizado. Vocês podem colaborar redigindo textos relativos aos estudos, ou mandando anotações, lembretes, frases ou comentários condizentes com as matérias.
Quem se interessar favor mande um email para cristinojr@hotmail.com , sua participação será muito benvinda!!!

Capítulo 3 (continuação)
Paulo neste capitulo trata em cima de uma questão absurda, mas que mesmo assim é comum nos dias de hoje. A ideia “compensação” dos pecados, ou justificação por méritos próprios, ou uma ideia de que o pecado é algo natural, que o ser humano não deve evitar, pois faz parte de sua natureza, da mesma forma que o perdão faz parte da natureza Divina. (v.5-8).

Independentemente do que façamos, não conseguimos justiça por mérito próprio, e novamente Paulo coloca 
sob mesmo nível judeu e gentio, pois não existe nenhum justo sequer na terra (v.10).

Lei: Segundo a tradição judaica, a lei foi transcrita e enumerada, para facilitar a sua observação. Ao todo soa 613 mitzvot (mandamentos), que resumem todo o mandamento de D-us no antigo testamento. Destes 613 mandamentos, 248 são positivos e 365 são negativos (escrito na forma de não faça...). Segundo Maimônides (importante pensador judeu da antiguidade), os 248 mandamentos positivos correspondem às 248 partes do corpo humano (subdivisão da medicina antiga), que significa que devemos louvar ao Senhor com todo o nosso corpo. E os 365 mandamentos negativos, representa os dias do ano, e que devemos todos os dias nos policiar quanto ao cumprimento da Lei.

A Lei foi constituída para nos “nivelar por baixo”, para salientar que todos estão debaixo do pecado, e consecutivamente são injustos por seus atos. A ninguém é possível o cumprimento total da lei, a não ser por intermédio do Espírito. Hoje não estamos debaixo da condenação proporcionada pela a lei, mas somos justificados pelo Espirito, que nos leva à uma vida de santidade e de cumprimento dos preceitos da Lei.

A lei foi Abolida ? Bom, de fatos nossa justificação não é feita por intermédio dela, e nem estamos debaixo de sua condenação como outrora. Mas então todos os seus ensinamentos caíram por terra ? De nada mais vale os mandamentos? Vamos deixar para discutir e tentar responder estas perguntas através dos comentários deste post.

 Voltando para o assunto principal, Paulo nos esclareceu que a condenação é para todos, estamos destituídos da Glória de D-us, mas a boa notícia é que somos justificados GRATUITAMENTE, por intermédio da redenção que a em Cristo. Portanto, somos justificados por meio da Fé.

Capitulo 4

Paulo começa este capítulo reforçando a ideia de justificação por intermédio da Fé. Com o exemplo de Abraão, podemos confirmar que este processo de justificação é anterior a vinda de Cristo e remete a uma época até mesmo anterior a lei. E de semelhante forma ele cita um salmo de Davi, que diz a respeito da felicidade de quem é justificado por D-us, e tem suas transgressões apagadas.
Uma das ideias centrais do cristianismo é a renúncia, a mortificação do Eu e das vontades. E podemos notar isto claramente através da doutrina da justificação não pelas obras, mas pela fé. Pois se o homem se justificasse por seus feitos, suas forças, de nada ele teria que renunciar, e não dependeria de um redentor, anulando assim todo o sacrifício de cruz.

A Justificação pela Fé

(Rubem Martins Amorese, em www.monergismo.com)
1. Não há obras que nos tornem quites de Deus (3: 20)
2. Não há nacionalidade que nos tornem quites de Deus (3:29)
3. Não há rito que nos tornem quites de Deus (4:10)
4. Não há herança espiritual que nos tornem quites de Deus (4:14)
5. Perdão: há uma obra, há uma nacionalidade, há um rito, há uma herança: a que provém da fé (4: 11,12)

... eis o processo por ele proposto para a justificação do pecador: Por um lado, sua justiça condena o pecado; por outro, ela se derrama em graça e torna justo o pecador, mediante a fé em Jesus Cristo.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Capítulo 3


Novamente Paulo retrata que todos estão debaixo da Lei, tanto judeus tanto gentios. As vantagens que existem em se ser judeus, ou ter o conhecimento da palavra, não os coloca em vantagem em relação ao julgamento Divino, pois estamos em mesmas condições de pecado.
(v.v3) Neste versículo, ele faz uma síntese do que fora dito, o clímax de seu discurso, todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus.
Shekinah, palavra traduzida como glória de Deus, que significa também a presença de Deus. Sendo assim, diante do pecado, estamos fora da presença de Dele, e suscetíveis a todos os males, sem a Sua proteção.
(v.24) mesmo diante destas qualificações, nossa salvação é gratuita, mediante a fé em Cristo. Somos justificados, isto é nos tornamos justos, sem condenação diante do juízo de Deus. Isto porque cristo advogou nossa culpa.

Capítulo 2


Paulo nos mostra que somos indesculpáveis, pois estabelecemos padrões éticos (julgamentos) que nos mesmos não somos capazes de seguir. Portanto somos culpados, mesmo não conhecendo a lei.
(v5) Ele alerta de forma rigorosa os soberbos e orgulhosos, pois estão acumulando suas ações para o dia do juízo.
Nome Judeu: Paulo faz menção à responsabilidade de quem já conhece a lei, e mesmo assim não é capaz de cumpri-la, por suas causas o nome de Deus é difamado entre os que não conhecem.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Romanos - parte I

Introdução: O livro de Romanos é uma epistola escrita pelo Apóstolo Paulo por volta de 50 a 60dc. É considerado o mais importante dos registros cristãos, e também chamado por “evangelho” segundo São Paulo. A riqueza teológica e espiritual contida neste livro é tão significativa que, vários avivamentos e reformas da Igreja aconteceram depois de um estudo aprofundado desta carta. Esperamos que este estudo possa também trazer um avivamento e uma reforma em nossas vidas hoje!
 Roma era a capital do império. Maior e mais importante cidade da época, com cerca de 4 milhões de habitante. E era também um berço cultural, onde se encontravam culturas de várias partes do mundo conhecido. A igreja de Roma, de semelhante forma, era também muito importante, e possuía uma grande concentração de Judeus e Gentios. Acreditasse que sua fundação ocorreu logo após o dia de Pentecostes (Atos 2:20), em aproximadamente 37dc, por Judeus Romanos que estavam presentes em Jerusalém para a celebração desta festas.
 Paulo escreveu está carta principalmente para apaziguar as desavenças entre judeus e gentios.
Paulo, o 13* apóstolo, foi sem dúvidas um dos maiores precursores do evangelho, sendo considerados por muitos a segunda pessoa do Cristianismo. Ele era um judeu-helenístico, com influências farisaicas. Sempre destacando muito zelo e seriedade pela fé judaica. Zelo tal, que o levou a perseguir os cristãos, por considera-los hereges, até o seu verdadeiro encontro com Cristo. Paulo não conheceu Cristo em vida, mas teve um verdadeiro encontro com ele em uma de suas excursões, que tinha como finalidade a perseguição de cristãos em Damasco. 
Para facilitar a apresentação deste livro, apresentaremos os estudos divididos por temas e capítulos.
Capítulo 1
1-7 Paulo se apresenta como servo e apóstolo. Sendo servo, por opção, sem direitos e vontades, mostrando-se totalmente a disposição de Cristo. E como apóstolo, mesmo não tendo contato em vida com Ele, mas tendo sido revelado a ele através do seu Espirito.
8-15 Até tal data, Paulo não conhecia pessoalmente a Igreja em Roma, e demonstrou grande interesse em visita-los e para compartilharem experiências para o crescimento espiritual. Paulo mesmo sendo um Apóstolo de tal importância, se demonstra humilde para aprender mais com as experiências de outros irmãos.
16-17 Paulo relata sobre o seu orgulho do evangelho, no sentido de bom da palavra, não se envergonhando. Ele apresenta o evangelho como o poder do próprio Deus para a salvação da humanidade, entretanto, para todo aquele que crê.
18-32 Paulo nos mostra que desde o princípio Deus tem se revelado através de suas próprias obras. Tornando indesculpáveis aqueles que não o reconhecerem. Uma curiosidade desta declaração é a teoria do Fator Melquisedeque, que apontam as semelhanças entre as crenças de diversas culturas, que aparentemente nunca tiveram contato entre si. Evidenciando assim uma revelação Divina entre todos os povos. Revelação também apontada pelo teólogo C.S. Lewis, como “o sonho bom”, que seria uma espécie de preparação para todos os povos para a redenção divina.
A humanidade trocou a Glória de Deus por práticas repugnantes, se entregaram a prostituição e a idolatria. Praticas que representam a infidelidade, ou seja, trocar o santo e perfeito por algo impuro, detestável. Paulo nos mostra que o homem mesmo conhecendo a Deus, se corrompeu, tornando-se detestável, sendo assim toda a humanidade merecedora da morte.

Apresentação

Este Blog foi criado com objetivo compartilhar estudos bíblicos e gerar um ambiente interativo para os participantes do estudo bíblico da IV Igreja Sara Nossa Terra. Os estudos são ministrados, pela maioria, pelo pastor Marcelo de Oliveira e redigidos em forma de artigos pelos participantes e organizadores deste Blog. A participação no blog é livre para todos, membros ou não, independente de fé professada, mas que desejam aprender mais sobre o evangelho de Cristo. Os comentários de todos, que respeitam essas condições, são muitos benvindos!